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Dieta é saúde e auto-estima



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Entrevista Drª Viviane Vogt

É verdade que comer pouco aumenta o tempo de vida? Isso é provado cientificamente? Existem estudos que poderiam ser citados?

Comer pouco, desde que não leve à desnutrição, prolonga a vida de muitas espécies, como peixes, ratos e macacos. Há poucos estudos sobre o assunto, mas existem evidências científicas de que isso também pode acontecer com a raça humana.


Há alimentos que podem ser chamados, “alongadores da vida”? Quais são eles?

Estudos populacionais mostram que existem alimentos que são importantes na prevenção de doenças do coração, do sistema vascular e diabetes, como frutas e vegetais, nozes e castanhas, peixes de águas profundas (atum, salmão), vinho, chocolate amargo, chá verde, café e cereais. Eles podem ser chamados de alimentos funcionais.


É possível encontrar alimentos que poderiam, teoricamente, diminuir o tempo de vida?

Qualquer alimento que se coma em exagero pode fazer mal, independentemente de ser benéfico em quantidades moderadas. Assim, se comermos muito peixe de água doce ou muitas castanhas, estaremos exagerando na ingestão de calorias e poderemos ganhar peso, o que é mal para a saúde. A rigor, não há alimentos muito prejudiciais à saúde, desde que consumidos com moderação. A única classe de alimentos que os estudos mostram realmente ser maléfica é a das gorduras transaturadas, que devem ser evitadas ao máximo.


Pessoas magras vivem mais?

Sim. Numa generalização, a longevidade é maior entre as pessoas magras; a exceção são as pessoas muito magras. Estudos mostram que estas vivem menos, mas existem outros fatores a considerar, como tabagismo e outros tipos de doenças, que estão associados à magreza extrema.


Pessoas gordas vivem menos?

Sim, pessoas gordas em geral vivem menos do que aquelas com peso normal. A obesidade se associa a uma série de doenças, como diabetes melito, hipertensão arterial, distúrbios de gorduras no sangue, coronariopatia, derrame cerebral, insuficiência cardíaca, apnéia do sono e alguns tipos de cânceres, que encurtam a vida.


E a qualidade de vida, como fica? A dos magros é melhor e a dos gordos, pior?

Sem nenhuma dúvida, principalmente se as condições são semelhantes, a qualidade de vida dos obesos é pior que a dos magros, quer do ponto de vista físico, quer do ponto de vista psíquico e também do ponto de vista da auto-estima, que é fundamental para o viver bem.